Religião e arte, inseparáveis... A floresta guardou-as em segredo para seus filhos indígenas, seringueiros, ribeirinhos, caboclos, caiçaras, quilombolas, pescadores e - por que não? - para seus animais, pois a compaixão ecológica é sinal da silenciosa proximidade de Deus.
Calcula a ciência que o ritmo atual do desmatamento poderá eliminar a Floresta Amazônica brasileira em 30 ou 40 anos, com gravíssimas conseqüências para todo o Planeta.
Mas ainda é tempo de recuperar as condições para que a vida volte a se expandir em segurança, e as futuras gerações não a conheçam apenas por meio de filmes, fotos ou museus, mas possam distinguir os nomes das árvores, banhar-se nos rios, provar os sabores, ouvir as melodias, aspirar os perfumes, arrepiar-se com os seres míticos assustadores e dançar nos terreiros das aldeias.
O sonho pode ser real apenas quando todas as vozes da sociedade brasileira se unirem às súplicas que a floresta e seus povos elevam ao Criador e ecoarem pelo mundo todo em festa deste santuário, no qual, desde milênios, os antepassados nos deixaram seus sinais de sabedoria.